quarta-feira, 14 de julho de 2010

Solidar

Eu queria acreditar
Numa verdade mentirosa
Fechei os olhos ou apenas não vi
O princípio do que era bom
Então na minha ingenuidade
Pensei que ele falava a verdade
Mas, percebi que no fundo
Não era bondade
Mas o pensamento no retorno
O pensamento de maldade
Não sei o que fazer para sair
Da teia de aranha que me prende
Politicamente falando em política
Não passa de uma bobagem ridícula
Que focaliza o dinheiro
E simples vaidade de dizer
“Eu sou o Prefeito”
O que pensar das idéias
Tão... Lindos por fora
E corrompidos por dentro
...Muitos quando entram.

Privilégios são para alguns
Transformados em alegorias e fantoches
Como bobos da corte sem princípios
Sem moral e dignidade
Pois perderam estas coisas
Assim como perderam a verdade
Verdade que nunca conheceram
Descontentes com eles mesmos
Vivos na morte enjaulada
Podres! Como abutres mortos.
Descobri agora o que não queria ver
Mas foi numa hora boa
Num dos momentos mais lindos da minha vida
Em um momento de solidariedade
Em um momento de amor ao próximo
Num êxtase de compaixão
Alegria espiritual e emoção
Conheci, aprendi e vivenciei
Algo extraordinário
Na escola da vida
Tive mais um dia de aula.

domingo, 14 de março de 2010

Dentro de Mim

Fui esquecendo-me de mim
Procurando-me nas entranhas
Navegando no meu corpo
Só encontrei o início do fim
E olhei bem lá dentro
No interior de mim
Esqueci de ver-me
Se... Sou triste ou feliz
Se... Vejo-me bem ali
Não consigo observar aqui
Posso dizer-te que fiz o possível
Para me encontrar
E imperceptível permaneci
Até que notei
Que dois de mim havia em mim.

Vivo num eterno seqüestro
Tentando resgatar-me
Mas ninguém pega o resgate
Modifico e modifico
Bilhões de vezes a minha face
Por haver me perdido em mim
Esqueço de esquecer
Que não posso enlouquecer
Aventurando-me assim
Sinto que não mais existirei
Mas é nessa ausência
Que faço a minha existência
Mesmo sem saber
Qual dos dois de mim
Que faz eu escrever
O que se passa em mim.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Eu queria

Que vontade eu senti de voar.
Não como os pássaros.
Na verdade queria flutuar.
Isto! Flutuar no Universo,
Passear pelo vão infinito,
Comer as estrelas
E beber a poeira cósmica.

Eu queria flutuar voando.
Isto! Flutuar me locomovendo.
Eu queria...
Só pra ver se haveria congestionamento,
Trânsito interrompido
Ou acidente aeroespacial.

Ah, como eu queria flutuar!
Desbravar os buracos negros,
Pegar carona nos cometas
Passear na lua
Ser bandeirante nos planetas.
Só não queria ficar próximo do Sol.
Mas queria estar perto da luz.

Na verdade, eu não queria ser, humano
Eu queria sentir apenas o amor
E desfrutar todo encanto
Toda magia do Universo
E o resplendor quântico
Do ponto de origem.

É... Eu sei!
Chegaria um dia
Em que o Universo não bastaria
E eu queria ir mais além
Além do segundo céu.
Eu queria ir até o terceiro
Mas não poderia.

Por que se eu morasse no Universo
Humano eu não seria
E no caminho não estaria
Pois não havia enfrentado o dia-a-dia,
E conhecido o filho do amor
E sua fidelidade
Que, ao terceiro céu me levaria.

Haiti, um país sem pátria

Como o mundo pode ajudar o Haiti? Podemos contribuir, primeiramente, na reconstrução política daquele país, mostrando alternativas de governo e, consequentemente, transformando a maneira de pensar dos seus líderes.
O mundo acabou descobrindo o que já existia, um país chamado Haiti. Apesar de ter sido de maneira trágica, as pessoas pararam para refletir um pouco, sobre a fome, a união, o abandono, entre outras coisas, relacionadas àquela população. O país mais pobre da América sofreu uma catástrofe sem precedentes, em que milhares de pessoas ficaram desabrigadas, órfãs, em fim, sem qualquer tipo de estrutura e o mundo pela primeira vez na história olhou para aquela gente. Observou o tipo de política que há e, respondeu a uma voz que gritou “Socorro”. Essa voz grita há vários anos na Etiópia, que diferentemente do Haiti, não sofreu tremores, mas encontra-se pior do que ele. Essa relação foi feita, na tentativa de demonstrar que a atenção está relacionada ao foco da notícia e não, a realidade do mundo. Por um período falou-se em Santa Catarina, outro em Angra dos Reis, hoje é o Haiti e amanhã será outro, no entanto, existi lugares onde os problemas são perenes, muita das vezes, passando despercebidos pela política humanitária. Para mudarmos o pensar é necessário reconstruir a base social, centralizada no capitalismo e incrementada pelo desenvolvimento sustentável. Pensar em distribuir está sendo anexado a uma tragédia, há algo flutuante e inconstante. Ajudem o Haiti! Todos gritam. E depois? Fica o Brasil e seus soldados; um governo dissolvido; uma população faminta, fora da realidade e atrasada, pela falta de apoio sólido... Esperando apenas, Mais um terremoto.
Devemos agir com uma política sólida; se afastar da corrupção; olhar com os olhos do coração, na tentativa de repatriar o país que foi construído por escravos fugidos que continuam fugindo da fome, da violência e da miséria, sonhando simplesmente, com uma Pátria Amada.