sábado, 6 de fevereiro de 2010

Eu queria

Que vontade eu senti de voar.
Não como os pássaros.
Na verdade queria flutuar.
Isto! Flutuar no Universo,
Passear pelo vão infinito,
Comer as estrelas
E beber a poeira cósmica.

Eu queria flutuar voando.
Isto! Flutuar me locomovendo.
Eu queria...
Só pra ver se haveria congestionamento,
Trânsito interrompido
Ou acidente aeroespacial.

Ah, como eu queria flutuar!
Desbravar os buracos negros,
Pegar carona nos cometas
Passear na lua
Ser bandeirante nos planetas.
Só não queria ficar próximo do Sol.
Mas queria estar perto da luz.

Na verdade, eu não queria ser, humano
Eu queria sentir apenas o amor
E desfrutar todo encanto
Toda magia do Universo
E o resplendor quântico
Do ponto de origem.

É... Eu sei!
Chegaria um dia
Em que o Universo não bastaria
E eu queria ir mais além
Além do segundo céu.
Eu queria ir até o terceiro
Mas não poderia.

Por que se eu morasse no Universo
Humano eu não seria
E no caminho não estaria
Pois não havia enfrentado o dia-a-dia,
E conhecido o filho do amor
E sua fidelidade
Que, ao terceiro céu me levaria.

Haiti, um país sem pátria

Como o mundo pode ajudar o Haiti? Podemos contribuir, primeiramente, na reconstrução política daquele país, mostrando alternativas de governo e, consequentemente, transformando a maneira de pensar dos seus líderes.
O mundo acabou descobrindo o que já existia, um país chamado Haiti. Apesar de ter sido de maneira trágica, as pessoas pararam para refletir um pouco, sobre a fome, a união, o abandono, entre outras coisas, relacionadas àquela população. O país mais pobre da América sofreu uma catástrofe sem precedentes, em que milhares de pessoas ficaram desabrigadas, órfãs, em fim, sem qualquer tipo de estrutura e o mundo pela primeira vez na história olhou para aquela gente. Observou o tipo de política que há e, respondeu a uma voz que gritou “Socorro”. Essa voz grita há vários anos na Etiópia, que diferentemente do Haiti, não sofreu tremores, mas encontra-se pior do que ele. Essa relação foi feita, na tentativa de demonstrar que a atenção está relacionada ao foco da notícia e não, a realidade do mundo. Por um período falou-se em Santa Catarina, outro em Angra dos Reis, hoje é o Haiti e amanhã será outro, no entanto, existi lugares onde os problemas são perenes, muita das vezes, passando despercebidos pela política humanitária. Para mudarmos o pensar é necessário reconstruir a base social, centralizada no capitalismo e incrementada pelo desenvolvimento sustentável. Pensar em distribuir está sendo anexado a uma tragédia, há algo flutuante e inconstante. Ajudem o Haiti! Todos gritam. E depois? Fica o Brasil e seus soldados; um governo dissolvido; uma população faminta, fora da realidade e atrasada, pela falta de apoio sólido... Esperando apenas, Mais um terremoto.
Devemos agir com uma política sólida; se afastar da corrupção; olhar com os olhos do coração, na tentativa de repatriar o país que foi construído por escravos fugidos que continuam fugindo da fome, da violência e da miséria, sonhando simplesmente, com uma Pátria Amada.